sábado, 22 de agosto de 2009

Reportagem sobre Enchente


 ENCHENTE
Neste ano Canhoba registrou uma grande enchente, mas com curta duração “ainda bem”. Essa enchente se deu por volta de quatro dias de chuvas, o suficiente para encher lagoas, açudes e o riacho que passa por nossa cidade.
A Canhoba de hoje pode reviver um pouco da Canhoba de antes, quando a população usava o barco como meio de transporte principal, para sua locomoção nas terras que fazem parte da vargem canhobense, como: valadão, ilha, e outras.
As águas das chuvas fizeram com que as lagoas aumentassem muito rápido o seu volume nas proximidades da cidade. Uma baixa que fica na rodovia estadual que liga nossa cidade a outros municípios, tais como Amparo, Propriá, etc. encheu tanto que transbordou na rodovia, quase deixando-a interditada.
Já dentro da cidade, foi por pouco que casas das ruas Vereador Manoel Evangelista da Cruz e Zaluart Resende não foram invadidas pelas águas. Chegou tão próximo que uma das moradoras, a senhora Marluci, lavou roupa com essas águas no quintal de casa. Ressalta D. Marluci: - Lembrei da época que eu lavava roupa no quintal de casa. As pessoas de hoje, melhor dizendo os adolescentes, ao vê a enchente ficam admirados, mas conta nossos avós e pais, que as de hoje não são como as de antigamente, são bem fraquinhas. Disseram-me também que estavam aqui quando registraram a maior enchente da nossa cidade, no ano de 1960, mas precisamente no mês de novembro as vagens começaram a encher e só foi baixar o seu nível no mês de maio de 1961, ou seja, seis meses depois. Foi realmente uma grande enchente, as águas chegaram aos quintais das casas nas ruas Jackson de Figueiredo e Quintino Bocaiúva (hoje Avenida Dr. Eronildes F. de Carvalho), algumas famílias que moravam nas ruas Vereador Manoel Evangelista da Cruz e Zaluart Resende tiveram que abandonar suas residências e assim o povo canhobense pode se deparar com um cenário muito triste.
Naquela época a população era acostumada com enchentes, pois era algo comum. Tão comum que quando o nível da água ia baixando o povo plantava arroz, que servia para consumo e comercialização, ou seja, de certa forma a enchente servia como um meio de sobrevivência.

Edição: Weverton Mattos
Revisão: Chrystophe Divino











Um comentário: