quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Biografia: Teodomiro Custódio Filho ( DOCA )




TEODOMIRO CUSTÓDIO FILHO


Filho da senhora Laudicéa Gomes de Matos (professora) e do senhor Theodomiro Custódio Divino (escrivão) (in memória), Teodomiro Custódio Filho nasceu em 1952, no povoado Sítios Novos, cidade de Canhoba-SE, nos moldes normais de um tradicional parto da época: em casa, com a ajuda de uma parteira. Um grande homem filho de uma família conservadora que sempre o influenciou e dedicou em sua carreira. Sua mãe, uma mulher que vivi na base da religião e da cultura, sempre se preocupou  com a educação de seus filhos.
Esse  grande homem sempre esteve ligado as questões políticas e sociais, buscando desde de cedo à prática e a preocupação com todos em seu redor. Sempre possuiu uma postura bastante eficaz., o ingresso na política, a vida religiosa e suas benfeitorias em prol do município ficaram marcada.

Theodomiro Custódio Divino e Laudicéa Gomes de Matos

Ainda pequeno, Doca, como era carinhosamente conhecido, deixou o povoado e veio morar na cidade, na companhia de seus pais e dos seus dois irmãos, Theóphylo Custódio Divino Neto (in memória) e Lauro Custódio Divino. Nesta, estudou na Escola Estadual Hermes Fontes no Colégio Francisco Figueiredo em Aquidabã-Se, no ano de 1975. Foi fazer faculdade em Aracaju, mas decidiu abandonar os estudos e regressar a terra natal para se dedicar as atividades do campo, no cuidado do gado.
Quando jovem, Doca já demonstrava a paixão por todas as manifestações culturais, religiosas e políticas de Canhoba; e se manteve envolvido com as mesmas até a sua morte.

Teodomiro foi vereador por dois mandatos. O primeiro deu-se no ano de 1988-1992 e o segundo 1993-1996. Neste último permaneceu por um bom tempo como presidente da câmara, até que, por motivos alheios, foi promovido a Prefeito de Canhoba.

                  
Carreira Política


TEODOMIRO CUSTÓDIO FILHO                                                                                                                                                                                                                  ASSINANDO  A  ATA  NO FÓRUM  EM AQUIDABÃ-SE  NA ENTREGA DO SEU DIPLOMA DAS ELEIÇÕES DE 15 DE NOVEMBRO DE 1988


Posse para prefeito de Canhoba, 1996.





Visita ao Ex-Gov. Albano do Prado Pimentel Franco e Lourival Baptista, Aracaju 1992. 




Doca permaneceu no mandato como prefeito por três meses, no entanto o suficiente para demonstrar o quanto se preocupava com o seu povo. E assim por Canhoba fez o que muitos em quatro anos não faz: calçou ruas, levou eletricidade para outras, educação de qualidade, saúde também, festejos sociais e religiosos...
Dentre essas obras, uma em especial, que vale salientar, foi a construção de uma palhoça cultural (a qual hoje leva o seu nome), o que demostra cada vez mais o envolvimento dele pela cultura.

FOTOS DAS OBRAS

Palhoça Cultural " DOCA "
                                                    

Rua: Benjamim Constante
                                          
Inauguração da Palhoça Cultural " DOCA"
 

Pavimentação a paralelepípedo do complemento da Avenida Zaluart Rezend, interligando a rua Marechal Deodoro da Fonseca, popularmente conhecida como rua da BAMBÁ.

Colocou iluminação na rua Cícero Silva ( Conjunto Albano Franco )

        ... E deixou material para pavimentar parte da rua Benjamim Constante.
                                                            
Prédio construído em seu mandato.
Com um tempo passou a ser funcionário público; trabalhava na DESO...Costumava sair para beber com os amigos, sempre alegre com o sorriso no rosto e em época de cheias do rio São Francisco era sua diversão preferida, reunia sua família para passar finais de semana na propriedade que era de seu pai a fazenda Cajarana e a paixão pelo futebol, em especial pelo seu time de coração o Botafogo. Doca organizava uma farinhada no povoado Serra, reunia mulheres, homens e crianças, logo cedinho ao nascer do sol todos subiam a Serra em festa, Doca pegava seu jeep anunciando que na Casa de Farinha haveria festa, lá faziam  Beijú, Pé de Moleque, má casada etc. O ato da farinhada era muito tradicional no município.  



Fazenda CAJARANA.

Recordação do Jeep.


Em épocas de cheias do Velho Chico.


Cheias do rio São Francisco, rua Zaluarte Rezende. 


Apaixonado pelo Forró, Doca tinha uma coleção imensa de vinis de cantores diversos, e com o seu jeito humano amigo de ser conseguiu se aproximar de alguns deles; muitos faziam sucesso no cenário regional e nacional. E com alguns manteve uma amizade íntima, como Marinês, Clemilda, Meloso e as Melosas...

DOCA E SUA AMIGA MARINÊS
DOCA AO LADO DE CLEMILDA EM ÉPOCA DE ELEIÇÕES



Outro lado de Doca, quase desconhecido por muitos, é o de compositor. Algumas de suas canções foram gravas, inclusive por artistas citados acima... 


  O Carnaval:

O carnaval é considerado uma das festas populares mais animadas e representativas do mundo. Cada lugar e região brincam a seu modo, geralmente de uma forma propositadamente extravagante, de acordo com seus costumes. Em Canhoba, há muito tempo, comemorou-se com as tradicionais caretas juntamente com o bloco em que homem se vestia de mulher e vice versa; onde Doca organizava esse bloco.



Encenação da Paixão de Cristo:
                    

Era um teatro a céu aberto, realizado na sexta feira da paixão, onde jovens se caracterizavam para retratar a vida e morte de Jesus Cristo. Doca fazia parte da organização e por vezes atuava também.



  O Casamento do Matuto:

Realizado em comemoração aos festejos juninos, o casamento do matuto é uma parte integrante da quadrilha junina, que faz uma sátira aos casamentos tradicionais, numa linguagem alegórica do interior, cheia do humor. Em Canhoba, Doca sempre realizava no dia de São João, onde várias pessoas se reunião no povoado Barro Vermelho, e em seguida vinham em cortejo, a cavalo, com destino à cidade. Além de satirizar o casamento tradicional, Doca também abordava diversos assuntos de cunho polêmico, “atual”, folclórico etc.



           A Quadrilha  Junina:

É o baile em comemoração ao casamento caipira; uma dança ensaiada e executada com pares alternados. Na noite de São João, moças e rapazes canhobenses vestiam roupas típicas, e seguiam as instruções do marcador (papel comandado por Doca), que anunciava os passos da quadrilha junina ao som de muito forró.


Festa do Santo Cruzeiro:

Tradição canhobense a mais de 100 anos, a Festa do Cruzeiro é comemorada no início de junho, com um trido de missas e finalizando com a procissão. Conhecida por sua tradicional guerra de espadas e queima de fogos, a festa é dividida por noites, uma delas é a noite da juventude... Está por muitos anos teve Doca como encarregado na organização.


Festa do Padroeiro Bom Jesus dos Pobres:

Doca também era encarregado da noite da juventude na Festa do Bom Jesus dos Pobres (A Festa do Padroeiro de Canhoba), onde acontece um novenário de missas e finaliza com a Procissão; festa que também traça uma tradição religiosa por muito anos.


Assim, a romaria de Doca perdurou até a sua morte, de forma que pudemos observar o religioso que estava explícito nele.

  
A Vaquejada:
      
Cultura do Nordeste, a vaquejada, mais conhecida como A Pega de Boi no Mato, tem por objetivo preservar a memória do sertanejo, reconhecendo a valentia e a importância do vaqueiro nordestino. Doca realizava no mês de setembro, no Povoado Barro Vermelho, onde se iniciava com alvorada festiva, seguida de uma missa de envio do vaqueiro; e contava com uma grande participação popular.



                      O Pastoril

É um tipo de manifestação folclórica do nordeste do Brasil, que integra o ciclo das festas natalinas do Nordeste. Em Canhoba, por muitos anos, Doca foi uns dos organizadores. 



Teodomiro faleceu ainda “jovem”, aos 45 anos de idade, no dia 01 de setembro de 1997, morreu com problemas de saúde . No entanto deixou um legado de homem preocupado e dedicado com seu povo, onde podemos observar o quando Doca foi meritório para a política de Canhoba, assim também para a preservação e para a formulação da cultura canhobense. Sua morte comoveu à todos, em sua última homenagem seu caixão foi colocado aos pés do Santo Cruzeiro aquele que ele dedicou sua fé. Ali acabava a esperança de muitos, não iriam ver mais o progresso de sua cidade os  festejos juninos não seriam mais os mesmos sem Doca.
  

 
Cemitério Santo Antônio, Canhoba - Sergipe onde encontra-se seu mausoléu. 


Título Eleitoral

BENEFICIÁRIO DO ( IPES )

                                                        
                    
   HOMENAGEM  A  " DOCA "
               

                    

                     Homenagem de Junior Divino ( sobrinho )



               3ª  Gincana do C.E.S.F.A. 2015. Turma 3º Ano "A"
                                      Paródia em homenagem a " Doca".
 

                             
                                                Texto                    
                                                        Jaélython Moura
                                                       Chrystophe Divino 


                                                                  Acervo
                                                        Chrystophe Divino 
                                                            

                                                                 Vídeos
                                                            Junior Divino
                                                            Ana Angelica


                                                               Editor Chefe
                                                           Jaélython Moura