quarta-feira, 4 de junho de 2014

LAURO ROCHA


06/10/2003 18:12Osmário Santos



A vida do intelectual Lauro Rocha

Escritor e graduado em Estudos Sociais, História, Direito, Pedagogia e especializado em Orientação Educacional

Lauro Rocha de Lima nasceu a 12 de fevereiro de 1943 na cidade de Canhoba em Sergipe. Seus pais: Lúcio Justino da Lima e Generosa Rocha.
Sua mãe era professora e com ela estudou o primário, na Escola “Dr. Eronildes de Carvalho”, em sua cidade natal. Já o ginásio no Colégio Cenecista “Francisco Figueiredo”, em Aquidabã e o colegial no Colégio Guido de Fongtlan, em Maceió e Colégio Estadual “Atheneu Sergipense”, em Aracaju, em regime especial. As recordações de infância são muitas. Da escola, do rio São Francisco, das festas religiosas do santo Cruzeiro, das procissões do Bom Jesus dos Navegantes e da novena de N. Srª da Conceição, todas em Canhoba, cidade onde nasceu.
Admirava as solenidades cívicos-estudantis (sou filho de Professora), e, ainda guardo as palavras das minhas queridas Professoras Graziela Rezende (hoje com 80 anos), Zulnara Torres (já falecida) e de minha querida mãe, Generosa Rocha. Entretanto, como um encantamento, tudo de minha terra, são recordações inesquecíveis, da serra (e das jabuticabas), dos banhos da lagoa e do rio, das viagens de canoa, das pescarias e dos colegas de Escola, como Luciem Menezes Lucas, Jair e José Carvalho, Jordão, Gildo e Maria de Lurdes Torres. De recordar-me destes tempos, que escrevi uma crônica, que publiquei, denominada Reminicências, que reproduzi oralmente, para Marlene Calumbi, quando fui por esta respeitável jornalista, para a Rádio Aperipê”.
Passou a juventude na cidade de Aquidabã/SE, para onde foi morar, acompanhando sua mãe, que fora transferida, como professora. “Nesta querida terra, estudei o Curso Ginasial, no Colégio Cenecista “Francisco Figueiredo”, que fui co-fundador, sendo também co-fundador do curso colegial, em 1973. Na terra de Ademar Aragão, participei da fundação da Banda de Música, regida pelo maestro José Alves do Carmo, das festividades da padroeira, Senhora Sant’Ana, dos desfiles cívicos-estudantis e das grandes noites da Associação Lítero Recreativa, hoje, lamentavelmente, extinta. Foi uma época de muito entusiasmo, de querer vencer na vida, através dos estudos. Relembro do quarteto: Lauro, Gileno, Reginaldo e Evilásio”.
Estudou muito para chegar na faculdade, mas valeu, pois se tornou poligraduado. “Tendo transferido-me para Aracaju, estudei na Universidade Federal de Sergipe, na Faculdade Pio Décimo e em outras instituições, pois sempre gostei de estudar. Fiz alguns cursos importantes, aqui e fora de Aracaju, participei de seminários nacionais em diversas.
capitais brasileiras visitei muitos lugares no Brasil e alguns fora do país. Não me esquecendo de Paris, Buenos Aires e Montevidéu. Pretendo no futuro visitar Nova Iorque, a Cidade do México, Cairo e Jerusalém. Sempre que viajo, tenho finalidade os estudos das cidades. Emocionei-me quando entrei para uma visita rápida, a Universidade de Paris, onde os luminares estudaram. Diante da Universidade Católica de Buenos Aires, revivi, como um sonho, as diversas casas de ensino superior que já visitei, como a Universidade Salesiana de Lorena, USP, PUC-MG e UFAL, onde também estudei. Sou um entusiasta pelos cursos universitários, tanto assim, que, em artigo publicado, intitulado “A Era do Ouro do Conhecimento”, elogiei as muitas faculdades que na época estavam sendo implantadas em Aracaju, que hoje são em número de 12 e que outras serão criadas brevemente. Dei o ponta-pé para a criação da Faculdade Cenecista de Sergipe, desejava um Centro Universitário em Aracaju, mas que a instituição optou por Lagarto, por ter um prédio excelente para as instalações de seus cursos superiores”.
Seus primeiros escritos foram para um jornal mural em Canhoba, no colégio onde lecionou. Depois, passou a colaborar com jornais regionais, escrevendo notícias e artigos de fundo. Recordo-me do escrito “Os Fósseis de Sítios Novos”, uma descoberta arqueológica, em Canhoba”.
Transferido para Aracaju, passou a colaborar com os periódicos nos diversos jornais desta Capital. O que chamava a minha atenção, corria para perto da máquina de escrever e transferia para o papel as minhas impressões e emoções. Assim fui escrevendo e ainda escrevo. Recentemente escrevi sobre Dom Marco Eugênio, meu colega de faculdade, que foi meu Professor de Direito Constitucional da UFS. Escrevi homenageando Dr. Augusto do Prado Leite. Aguardo a publicação de um artigo “A SOFISE — Sociedade Filarmônica de Sergipe”.
Certamente escreverei muitos outros no futuro. Escrevi um livro, em parceria com Acelino Pedro Guimarães, publicado na Editora Universitária de Direito e aguardo a publicação de Canhoba (Folhas Escondidas) — Uma cidade que Invoca a Paz. Uma pesquisa que levou cerca de dez anos. Mas a crônica mais conhecida é “A Cajazeira Querida”, publicada por diversos jornais e até radiofonizada na Rádio Nacional de Brasília, por Adelso Ramos, nas madrugadas brasileiras. Escrevi uma apostila, “O Município de Graccho Cardoso”, que a Universidade Tiradentes, incluiu parcialmente, no livro do Prof. Uchoa e Maria Luiza Marques, intitulado “Sergipe Contemporâneo”, um best seller, esgotado no dia do lançamento. Escrevi também sobre Aquidabã e Canhoba, que serviu de base para “A História dos Municípios, do Cinform, uma publicação de 50.000 exemplares. Os meus escritos são citados por escritores famosos. Tenho a honra de ser lido por pessoas importantes daqui e fora. Recebo muitas cartas e telefonemas, elogiando o meu trabalho”.
Tem uma rica coleção de fotografias, cerca de 3.000 exemplares. São fotos que envolvem a terra natal, Canhoba, a terra adotiva, Aquidabã e outras cidades visitadas. A mais antiga data de 1933, de Marcelino da Rocha Torres, seu tio-avô. “Registro nas crônicas que escrevi e nas fotos, aquilo que participo. Quanto às cidades, mesmo antes de existir o Ministério das Cidades, já me ocupava deste estudo. Na minha videoteca, os filmes da cidade, pelo vídeo. A mesma coisa acontece com Hong-Kong, Londres, Lisboa, Madrid, Roma, Tóquio, Cairo, Jerusalém. Estudo todas as Metrópoles, na esperança de um dia visitá-las. O mesmo acontece com as cidades brasileiras. A minha videoteca é rica”.
Lauro possui uma coleção de vídeos de concurso de misses, doada pelo atual coordenador do Concurso de Miss Brasil, Boanege Gaeta Júnior, no Rio de Janeiro. “Um passatempo importante pois o nível das candidatas é alto e qualificado. Martha Rocha não foi eleita Miss Universo, não pelas duas polegadas a mais, mas porque não falava o Inglês. Enquanto Ieda Vargas e Marta Vasconcelos, eleitas Miss Universo 1963 e 1968, respectivamente, além da plástica perfeita, falavam fluente e correntemente o Inglês. Michelle Maqueline, da Namíbia, além de falar o Inglês, estudou na Suíça. Turim Mansel, de Aruba, além do Inglês, falava cinco idiomas, mas ficou em segundo lugar perdendo o título para Alicia Machado, da Venezuela”.
Estuda misticismo, há 40 anos e conta que já atingiu altos graus, nesta ciência, que não é popular, mas que existe desde o começo do mundo e da humanidade. “Assim me tornei um místico católico. Sou egiptologista também. As múmias são minhas conhecidas, assim como as pirâmides, os monumentos de passado e do presente. Filiei-me a uma Universidade Internacional, como pesquisador. Filiaram-me ao MAC da Academia Sergipana de Letras, ocupo a cadeira n.º 3, que tem como Patrono o Dr. Luiz Rabelo Leite. Sou livre pensador, escrevo o que me interessa e acho inspirador. Católico recebi do Papa João Paulo II, uma bênção específica no dia de meu aniversário, que é 12 de fevereiro. Já estive com o Papa três vezes, aqui no Brasil. Muito o admiro e venero. Já escrevi muitas crônicas, homenageando personalidades daqui e de fora”.
Acredita no futuro de Aracaju cidade da qual se tornou um dos moradores e cidadão honorário. “Com a descoberta do petróleo, em grande quantidade, Aracaju crescerá muito, tanto na vertical como na horizontal. Veja a Praia 13 de Julho, pontilhada de edifícios”.
“Está faltando, entretanto, duas torres, ou seja, dois edifícios bem alto, para simbolizar o progresso para o alto, como acontece em outras capitais brasileiras. Estas torres altíssimas são os testemunhos do progresso de uma cidade crescente. As nossas reservas de minerais são muitas. Sabe-se que Sergipe é detentor da maior jazida de sais minerais do Brasil, além das jazidas outras, como enxofre, carnalita e silvinita, que precisam ser exploradas pela Vale do Rio Doce, uma verdadeira potência explorativa neste setor. O mármore de Porto da Folha, em grande quantidade, chegando a atravessar o rio São Francisco, indo para o Norte até parte do Estado de Alagoas e para o Sul, até o Município de N. Sra. da Glória, precisa ser explorado. O nosso mármore, em várias cores, é da mais alta qualidade. Outras riquezas existem no subsolo sergipano, cientistas afirmam que até ouro, nas profundezas da terra, que somente com alta tecnologia, pode ser extraído. A ponto Aracaju-Barra dos Coqueiros, aproximará o Porto de Sergipe da Capital, incrementando o comércio e o turismo, uma excelente fonte de renda do futuro. Quando as três pontes estiverem construídas — Aracaju/Barra dos Coqueiros, Mosqueiro/Caueira e Marcos Freire II/Porto Dantas, a cidade agigantar-se-á, beneficiando a área da Grande Aracaju. Pirambu será um ponto de residência e de grande fulcro de turismo”.
Foi Governador do Distrito 114 (Sergipe e Bahia) do Serra Internacional em 1997 e recebeu do serra Internacional (USA) uma Comenda — pelos serviços prestado as Vocações Sacerdotais e Religiosas. Foi agraciado com os seguintes títulos: Cidadão Honorário de Aquidabã, de Graccho Cardoso e de Aracaju. Cidadão do Mundo. Diploma de Honra ao Mérito do Serra Internacional Medalha do Mérito Cultural Sílvio Romero, da Academia Sergipana de Letras. Comenda do Mérito Cenecista. Diplomas de diversas Associações Culturais. É autor do hino do Município de Aquidabã, em parceria com o Major José Pereira da Rocha, do hino do Município de Graccho Cardoso e do hino da Emancipação de Canhoba. Também é autor da Oração ao Senhor Bom Jesus dos Pobres, da Oração a N. Sra. de Anguerra, em parceria com Moroaldo Matos Silva e de várias composições Foi presidente da diretoria estadual da C.N.E.C. nesta condição, tornou-se “Grão Mestre ” da Ordem do Mérito Cenecista. Hoje apenas participa da Diretoria Nacional da Instituição. Lauro é graduado em Estudos Sociais, História, Direito, Pedagogia, especializado em Orientação Educacional e outros cursos na área das Ciências Políticas, com extensão em Pensamento Político, Ciências Políticas e Relações Internacionais (Universidade de Brasília). Foi vice-coordenador do curso de pós-graduação na parceria UNIT-ADESG, em Estratégias e Políticas Nacionais, por parte da ADESG. Participou de importantes Congressos Nacionais e Seminários em diversas capitais do Brasil: tais como Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Belo Horizonte, Recife, Natal, João Pessoa, Fortaleza, Salvador, etc...
                                                                               Fonte:
                                                               OSMÁRIO  SANTOS

7 comentários:

  1. Nesse texto diz que Lauro foi acolhido aos 15 anos em Canhoba não é verdade ela nasceu em Canhoba e foi acolhido em Aquidabã que ele chamava de minha terra adotiva.

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    1. na verdade ele,minha tinha Loura( irmã dele) é minha bisavó se mudaram, para aquidabã meu tio é minha tia ainda pequenos,meu avô Zé Matos, nesse tempo já tinha conquistado um grande comércio em aquidabã, então ele comprou uma casa em aquidabã é trouxe eles de canhoba para aquidabã.

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  2. Como acessar o texto sobre Antônio Ferreira de Carvalho?

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  3. Tenho muito orgulho de ser sobrinho dele, um cara muito educado, me ensinou muito sobre a vida, me ainda muito pequeno, sinto muita falta dele, ele me mostrou que a educação abre muitas portas.

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  4. Foi meu professor de História e grande amigo do meu pai, Acelino Pedro Guimarães… um ser humano lindo!!

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