ENCHENTE
Neste ano Canhoba registrou uma grande enchente, mas com curta duração “ainda bem”. Essa enchente se deu por volta de quatro dias de chuvas, o suficiente para encher lagoas, açudes e o riacho que passa por nossa cidade.
A Canhoba de hoje pode reviver um pouco da Canhoba de antes, quando a população usava o barco como meio de transporte principal, para sua locomoção nas terras que fazem parte da vargem canhobense, como: valadão, ilha, e outras.
As águas das chuvas fizeram com que as lagoas aumentassem muito rápido o seu volume nas proximidades da cidade. Uma baixa que fica na rodovia estadual que liga nossa cidade a outros municípios, tais como Amparo, Propriá, etc. encheu tanto que transbordou na rodovia, quase deixando-a interditada.
Já dentro da cidade, foi por pouco que casas das ruas Vereador Manoel Evangelista da Cruz e Zaluart Resende não foram invadidas pelas águas. Chegou tão próximo que uma das moradoras, a senhora Marluci, lavou roupa com essas águas no quintal de casa. Ressalta D. Marluci: - Lembrei da época que eu lavava roupa no quintal de casa. As pessoas de hoje, melhor dizendo os adolescentes, ao vê a enchente ficam admirados, mas conta nossos avós e pais, que as de hoje não são como as de antigamente, são bem fraquinhas. Disseram-me também que estavam aqui quando registraram a maior enchente da nossa cidade, no ano de 1960, mas precisamente no mês de novembro as vagens começaram a encher e só foi baixar o seu nível no mês de maio de 1961, ou seja, seis meses depois. Foi realmente uma grande enchente, as águas chegaram aos quintais das casas nas ruas Jackson de Figueiredo e Quintino Bocaiúva (hoje Avenida Dr. Eronildes F. de Carvalho), algumas famílias que moravam nas ruas Vereador Manoel Evangelista da Cruz e Zaluart Resende tiveram que abandonar suas residências e assim o povo canhobense pode se deparar com um cenário muito triste.
Naquela época a população era acostumada com enchentes, pois era algo comum. Tão comum que quando o nível da água ia baixando o povo plantava arroz, que servia para consumo e comercialização, ou seja, de certa forma a enchente servia como um meio de sobrevivência.
Edição: Weverton Mattos
Revisão: Chrystophe Divino
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluir